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Bolsonaro pede orações para condenada por pichar estátua do STF
Ex-presidente solicita a líderes religiosos que lembrem de Débora Rodrigues, condenada a 14 anos de prisão por atos antidemocráticos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um apelo a pastores, padres e líderes espirituais brasileiros para que orem pelos presos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, destacando o caso de Débora Rodrigues, condenada recentemente a 14 anos de prisão.
Pedido de orações e defesa dos manifestantes
Em uma publicação no X neste domingo (23/3), Bolsonaro mencionou Débora Rodrigues como exemplo dos manifestantes que, segundo ele, sofrem julgamentos parciais e punitivos excessivos. O ex-presidente pediu que as orações incluam também as famílias desses detidos, ressaltando o sofrimento silencioso de mães, filhos, esposos e esposas, e classificando-os como presos políticos.
"Peço aos pastores, padres e líderes espirituais de todo o Brasil que levantem um clamor sincero diante de Deus e orem pela vida de Débora Rodrigues e de tantos outros presos políticos que hoje estão privados de sua liberdade e são tratados injustamente como criminosos. Não esqueçam também de seus familiares: mães que choram, filhos que sentem o vazio de um abraço, esposos e esposas que se deitam à noite com o coração despedaçado, sem saber se haverá justiça ao amanhecer. Eles carregam o peso do sofrimento em silêncio, mas nós podemos e devemos carregar esse fardo junto com eles em oração e clamor a Deus", escreveu Bolsonaro.
Contexto da condenação de Débora Rodrigues
Débora Rodrigues ganhou notoriedade após pichar a estátua "A Justiça", esculpida por Alfredo Ceschiatti, situada em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na Praça dos Três Poderes. Utilizando batom, escreveu a frase "perdeu, mané", em referência a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso dirigida a um manifestante bolsonarista após as eleições de 2022.
As imagens do ato de vandalismo foram usadas como base pelo ministro Alexandre de Moraes para condenar Débora a 12 anos e 6 meses de prisão em regime inicialmente fechado, além de 1 ano e 6 meses em regime semiaberto ou aberto.
Repercussão e mobilização política
O caso de Débora Rodrigues tem sido amplamente utilizado por parlamentares e apoiadores de Bolsonaro para defender a anistia aos condenados pelos atos golpistas. A mobilização nas redes sociais questiona o rigor da pena aplicada.
Além disso, jornalistas que cobriram os eventos enfrentaram ataques e ameaças após serem associadas de forma equivocada à condenação de Débora.
Situação judicial do ex-presidente
Jair Bolsonaro, indiciado pela Procuradoria Geral da República por diversos crimes relacionados aos atos antidemocráticos, enfrenta uma semana decisiva na Justiça. Está previsto para esta terça-feira (25/3) o julgamento no STF que definirá se Bolsonaro se tornará réu e poderá ser condenado.