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Preço do café registra primeira queda após 18 meses de alta no Brasil
Mesmo com a leve retração em julho, o café moído acumula alta expressiva nos últimos 12 meses, segundo dados do IBGE
Os preços do café moído para os consumidores no Brasil sofreram uma queda de 0,36% em julho, conforme indicam os dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esta é a primeira redução nos preços do produto após 18 meses consecutivos de alta. A última vez que o café teve redução de preço foi em dezembro de 2023, com queda de 0,45%.
Contexto da variação dos preços
Apesar da pequena queda em julho, o café moído ainda registrou um aumento acumulado de 76,5% nos últimos 12 meses, configurando a maior inflação entre os 367 bens e serviços que compõem o IPCA-15. Em segundo lugar em aumento de preços, ficou a joia, com alta de 32,59%. De forma geral, o IPCA-15 subiu 5,3% no período de 12 meses até julho.
Outros índices e preços praticados
Pesquisas como o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) também indicam que os preços do café começaram a cair em cidades como São Paulo após um período de alta contínua. No entanto, o preço do quilo do café ainda pode alcançar aproximadamente R$ 80, dependendo da marca, conforme reportagem recente da Folha de S.Paulo.
Fatores que influenciaram a variação do preço
O aumento expressivo dos preços do café foi influenciado por problemas na oferta causados por condições climáticas adversas, que reduziram os estoques da indústria e elevaram as cotações internacionais a níveis recordes. Analistas agora esperam uma melhora nos preços devido à previsão de melhores condições para a próxima safra.
Impactos das tarifas internacionais
Entretanto, existem incertezas em relação ao impacto das tarifas prometidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que anunciou uma sobretaxa de 50% para as exportações brasileiras a partir de agosto. O Brasil é um fornecedor importante de café para os EUA. Conforme declaração do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), "O mercado cafeeiro segue em ritmo lento e incerto, ainda digerindo e exercitando possibilidades de como deslocar a oferta com a possível tarifação americana de 50% a produtos brasileiros".
Relevância do café em períodos sazonais
O café também chamou atenção em levantamentos sobre produtos consumidos no inverno, realizados pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas). Segundo o IPC-M (Índice de Preços ao Consumidor - Mercado), o café teve alta de 89,61% nos 12 meses até junho, valor muito superior à variação média da cesta de produtos de inverno, que foi de 2,82%. O economista Matheus Dias, do FGV Ibre, comentou que "os números mostram que a cesta de produtos mais consumidos no inverno está com ritmo de aceleração moderado em 12 meses, mas com destaque negativo para o café em pó, que teve alta significativa".