Ednaldo Rodrigues, que foi destituído da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pela Justiça do Rio de Janeiro, comunicou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que desistiu do recurso que movia para tentar retomar o cargo.

Motivação da desistência

Segundo seu advogado, Ednaldo afirmou ter sido alvo de “insinuações injustas, maledicentes e criminosas” e declarou que sua decisão de desistir do recurso é movida “pelo profundo desejo de restaurar a paz no futebol brasileiro e, sobretudo, a serenidade de sua própria vida familiar”.

Posicionamento em relação à sucessão

Com a eleição de Samir Xaud como presidente da CBF próxima, o agora ex-presidente informou que não irá concorrer a nenhum cargo na confederação e que não apoia qualquer candidato. Além disso, deseja "sucesso e boa sorte àqueles que vão assumir a gestão do futebol brasileiro".

Contexto judicial

Ednaldo foi destituído por decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, após suspeitas de falsificação em uma das assinaturas do acordo que reconheceu a legalidade da eleição do dirigente em 2022. A assinatura questionada é atribuída ao ex-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes.

Articulações para nova eleição

Desde a saída de Ednaldo, as federações estaduais de futebol se uniram em torno do candidato único Samir Xaud, presidente eleito da Federação Roraimense de Futebol. Xaud obteve o apoio de 25 das 27 federações estaduais, o que inviabilizou candidaturas adversárias. A eleição está marcada para o próximo domingo, 25.

Documento oficial

O documento apresentado pela defesa de Ednaldo destaca que este gesto é uma tentativa de "deixar para trás este último ato do litígio, rejeitar narrativas que ferem sua honra e de sua família, e reafirmar, diante dessa Suprema Corte, como sempre fez, seu compromisso com o respeito à Justiça, à verdade dos fatos e à estabilidade institucional da Confederação Brasileira de Futebol".