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Mamélia Dornelles, que morreu sábado, deixa o legado da luta pela cultura
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Mamélia Dornelles, que morreu sábado, deixa o legado da luta pela cultura

Fundadora do Teatro Experimental e militante das artes em Belo Horizonte e São João del-Rei

Por Admin

23/07/2025 00:31 · Publicado há 10 horas
Categoria: Outros

Maria Amélia Dornelles Dângelo, conhecida como Mamélia Dornelles, faleceu no último sábado (19/7) aos 88 anos, em São João del-Rei. Ela foi atriz, diretora, figurinista e produtora cultural, reconhecida por sua militância em defesa da arte, dos direitos das mulheres, da cultura popular e do carnaval em sua cidade natal e em Belo Horizonte.

Trajetória e Família

Mamélia nasceu em São João del-Rei, mas foi criada no Rio de Janeiro. Seu pai, Mozart Dornelles, era militar e primo de Getúlio Vargas. Além disso, ela era sobrinha do ex-presidente Tancredo Neves, com quem manteve proximidade. Aos 15 anos, em um baile de carnaval em São João del-Rei, conheceu seu futuro marido, o escritor e diretor Jota Dângelo, com quem se casou em 1957.

Contribuições para o Teatro e Cultura

Em Belo Horizonte, Mamélia participou da cena cultural da cidade, integrando a Geração Complemento, grupo de intelectuais que criou a revista homônima e que incluía artistas das artes plásticas, dança e teatro. Junto com Jota Dângelo, fundou em 1959 o Teatro Experimental (TE), companhia que trouxe peças de vanguarda para os palcos de BH.

Como atriz, participou de todas as peças de Maria Clara Machado e também dirigiu espetáculos que incluíam obras de Samuel Beckett, Eugène Ionesco e Fernando Arrabal. Um dos marcos do TE foi a peça “Oh! Oh! Oh! Minas Gerais”, de 1968, escrita e dirigida por Jota Dângelo, com Mamélia no elenco. A peça teve grande sucesso em BH, mas foi censurada em Brasília devido a seu conteúdo político.

Atuação Cultural e Legado

O Teatro Experimental, apesar da repressão da ditadura, permaneceu ativo e em 1974 mudou seu nome para O Grupo, que teve sede na Casa de Cultura Oswaldo França Júnior até 1998. Entre 1983 e 1986, Mamélia dirigiu o Centro de Artesanato Mineiro, viajando pelo Vale do Jequitinhonha para promover o artesanato local.

Em 1998, atuou como secretária-adjunta de Cultura de Minas Gerais e fundou a Casa de Cultura no Centro Cultural Feminino Virgílio Dângelo, em São João del-Rei. Mamélia deixa, além do marido, os filhos Paulo Rodrigo e André Guilherme e cinco netos.

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