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Último show de Sá & Guarabyra em Belo Horizonte reúne sucessos e bis com chopp
Dupla se despede dos palcos de BH após 53 anos de carreira, com repertório intimista e romântico no Palácio das Artes
Sá & Guarabyra realizaram sua última apresentação como dupla em Belo Horizonte na noite de sábado, 12 de julho de 2025, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. O espetáculo marcou o encerramento de uma trajetória musical que começou há 53 anos, inicialmente como um trio com Zé Rodrix (1947-2009). A partir de agora, os dois seguirão carreiras solo, com novos trabalhos autorais.
Contexto e trajetória
Embora Luiz Carlos Pereira de Sá seja carioca e Guttemberg Nery Guarabyra Filho baiano, Minas Gerais sempre teve papel importante na carreira da dupla. Belo Horizonte, cidade onde Sá reside há 20 anos e onde recebeu o título de cidadão honorário, foi palco de muitas inspirações, especialmente do sertão mineiro, que influenciou várias composições. Guarabyra também tem planos de se tornar cidadão da capital mineira.
O show não fazia parte de uma turnê oficial de despedida, já que estava programado antes do anúncio da separação em abril, comunicada pelas redes sociais como resultado de "causas naturais" e sem conflitos. Além de BH, a dupla realizará mais uma apresentação em Itajaí (SC) em setembro.
Apresentação e repertório
O Palácio das Artes esteve lotado para a despedida da dupla, cuja música marcou gerações com letras que falam de amor, utopias e críticas sociais durante um período difícil da história brasileira. O repertório priorizou canções de caráter confessional, abordando desilusões amorosas e a angústia da vida na estrada, temas frequentemente presentes nas obras dos músicos.
Acompanhados por uma banda enxuta, Sá & Guarabyra exibiram ótimo entrosamento e bom humor durante toda a apresentação, que destacou arranjos delicados, vozes cuidadas e o virtuosismo dos violões. Entre os momentos mais memoráveis estiveram "Caçador de mim", interpretada por Sá em uma versão solo inédita, e "Esses cabides vazios (O cabo da vassoura)", cantada por Guarabyra com uma roupagem melancólica.
A surpresa da noite foi a canção "O bando da dança", nunca gravada pela dupla, que Guarabyra contextualizou com uma história sobre um encontro com cangaceiros no Vale do Rio São Francisco, explicando versos da música.
Encerramento e homenagem
Nos momentos finais, o público animou-se com as canções "Espanhola" e "Sobradinho", executadas em sequência. A apresentação foi ovacionada, e Sá & Guarabyra retornaram ao palco para o bis com a música "Dona". Antes de encerrar, brindaram os 53 anos de carreira juntos com um copo generoso de chopp, celebrando a longa trajetória que construíram na música brasileira.