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Christian Horner é demitido da Red Bull após 20 anos; relembre polêmica acusação de assédio
Chefe de equipe enfrentou investigação por conduta imprópria e tensões internas antes de ser afastado da equipe austríaca de Fórmula 1
A Red Bull Racing anunciou nesta quarta-feira (9) a demissão de Christian Horner do cargo de chefe de equipe na Fórmula 1. A decisão foi tomada após um desempenho abaixo do esperado da equipe no GP de Silverstone e cerca de um ano e meio depois de Horner ter sido alvo de uma acusação de assédio feita por uma funcionária da equipe.
Contexto da Acusação
Em fevereiro de 2024, o jornal holandês De Telegraaf divulgou que Horner estava sendo investigado por suposta conduta imprópria de natureza sexual envolvendo uma funcionária da Red Bull Racing (RBR). Para apurar as denúncias, a empresa proprietária da equipe abriu uma auditoria independente. O caso causou divisões internas na equipe, incluindo críticas públicas de Jos Verstappen, pai do tetracampeão Max Verstappen.
Durante o processo investigativo, Horner permaneceu no cargo, participando inclusive do lançamento do carro RB20 e da pré-temporada no Bahrein. A investigação concluiu com a liberação de Horner das acusações, afirmando que o processo foi "justo, rigoroso e imparcial". A funcionária denunciante manteve o direito de recurso, que também foi indeferido.
Vazamento e Repercussões
No dia seguinte ao veredito, uma fonte anônima vazou 79 supostas provas relacionadas à denúncia para jornalistas, dirigentes e membros de alto escalão da Federação Internacional do Automóvel (FIA) e da Fórmula 1. O vazamento, que incluiu mensagens de "natureza sexual", teria impactado o casamento de Horner com Geri Halliwell, ex-integrante do grupo Spice Girls. Entre as mensagens, Horner teria solicitado fotos íntimas à funcionária e mencionado um ato sexual ocorrido em um banheiro de avião. Halliwell teria se sentido "humilhada" após a divulgação dessas conversas. Até o momento, a autenticidade das mensagens não foi confirmada.
Decisões Internas da Red Bull
Durante o GP da Arábia Saudita em março de 2024, a funcionária que apresentou a denúncia foi suspensa pela Red Bull, conforme informações da imprensa europeia. Em uma coletiva de imprensa, Horner pediu o fim da "intromissão" em sua vida pessoal em meio à polêmica.
Em agosto de 2024, a Red Bull divulgou um comunicado oficial informando que o processo interno tinha sido finalizado após todas as etapas de apelação, com o recurso da denunciante sendo rejeitado. A funcionária, que estava sem remuneração desde março, foi demitida. A empresa destacou que "foi contratado um advogado independente que investigou e indeferiu a denúncia" e que o procedimento seguiu os trâmites previstos.
Após a decisão, Horner declarou: "Não comentarei especulações anônimas, mas, para reiterar, sempre neguei as acusações. Respeitei a integridade da investigação independente e cooperei totalmente com ela em cada etapa do processo. Foi uma investigação minuciosa e justa conduzida por um advogado especialista independente e foi concluída rejeitando a denúncia apresentada".
Demissão e Futuro
A saída de Horner ocorre num momento em que a Red Bull enfrenta queda de rendimento na temporada de Fórmula 1, tanto no Campeonato de Pilotos quanto no de Construtores, após quatro anos consecutivos de vitórias com Max Verstappen. Atualmente, Verstappen ocupa a terceira colocação no campeonato e avalia a possibilidade de transferência para a Mercedes.
Christian Horner iniciou sua carreira no automobilismo na década de 1990 competindo na Fórmula 3000. Em 2005, assumiu uma posição na equipe de Fórmula 1 da Red Bull, onde permaneceu por 20 anos. Em 2013, foi agraciado com o título de Oficial da Ordem do Império Britânico (OBE).