A confirmação de um foco de gripe aviária em um sítio situado em Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, levou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), a classificar a situação como um "momento difícil e complexo". A preocupação é especialmente voltada para as cidades que dependem da exploração de aves para abate e produção de ovos.

Medidas de Emergência

O governo estadual declarou emergência pública por 180 dias, permitindo a adoção de medidas de monitoramento e análise de riscos. Mateus Simões enfatizou que "todos os riscos serão debelados" e que a estrutura do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e das forças policiais estão mobilizadas para enfrentar a situação.

Impactos Econômicos

Um estudo da Fundação João Pinheiro (FJP) já previa perdas significativas para Minas Gerais, estimando uma queda de até R$ 1 bilhão nas receitas devido à diminuição das exportações de carne de frango, em razão de um foco de gripe aviária identificado anteriormente no Rio Grande do Sul. A projeção indica um impacto de 8,7% a 27% nas vendas de pacotes de carne de frango para o exterior.

Orientações para a População

O vice-governador também alertou sobre a importância de cuidados sanitários, pedindo à população que não toque em aves mortas e notifique a vigilância sanitária. Ele garantiu que não há risco no consumo de carne de aves ou ovos, afirmando que "o contágio humano não ocorre pelo consumo, mas sim pelo contato com aves infectadas".

Monitoramento Local

O prefeito de Mateus Leme, Renílton Coelho (Republicanos), confirmou a identificação do vírus em aves locais e informou que a vigilância está acompanhando os cidadãos que possam ter tido contato com os animais. "Não existe risco comunitário", reforçou, garantindo que as granjas do município estão seguras e que a atividade avícola não representa uma grande parte da economia local.