No último dia 16 de maio, um abaixo-assinado solicitando a "realocação" do Albergue Tia Branca II, que abriga pessoas em situação de rua, foi iniciado por moradores do Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os residentes afirmam que a presença do abrigo contribui para o aumento da insegurança local, embora essa alegação não tenha respaldo em dados oficiais de segurança pública.

Contexto da Petição

De acordo com os signatários da petição, o aumento de "abordagens agressivas por usuários de drogas" e a presença constante de indivíduos vulneráveis em áreas próximas a escolas e comércios estariam associados à existência do albergue na Rua dos Timbiras, que acolhe prioritariamente homens em situações de rua com condições de saúde agravadas ou em processo de envelhecimento.

Reação da Prefeitura

A Prefeitura de Belo Horizonte defendeu a escolha do local para o abrigo, mencionando que levou em conta as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social, que priorizam a acessibilidade e um atendimento digno. O albergue, inaugurado em 2021, oferece 120 vagas e está situado na região com maior concentração de pessoas em situação de rua, além de estar próximo a outros serviços de apoio.

Visão dos Moradores

Moradores da região têm opiniões divididas sobre a presença do abrigo. Algumas pessoas, como Roger Fernando Bodevan Oliveira, um personal trainer que busca seu primo na escola local, não percebem a presença de moradores de rua como uma ameaça à segurança, considerando que a assistência é benéfica.

Preocupações e Desafios

Por outro lado, a professora Isabela Catarina Soares Bartolomeu e outros pais expressaram preocupações sobre o aumento do número de pessoas em situação de rua, embora não tenham presenciado incidentes de violência. A Prefeitura, em resposta à situação, afirmou que equipes de abordagem social intensificarão suas atividades na área, buscando prestar assistência às pessoas vulneráveis.

Serviço e Acolhimento

O Albergue Tia Branca II opera em parceria com uma organização da sociedade civil e tem funcionado como um espaço de passagem, contando com uma equipe de assistentes sociais e psicólogos. Para ser acolhida, uma pessoa precisa ser encaminhada por equipes especializadas, evitando filas e organizando o acesso ao serviço.