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Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/cidades/2017/7/cidades-lgbt-1711213860.jpeg
Farmácia condenada por discriminação em processos seletivos
Indenização de R$ 10 mil é devida após práticas discriminatórias reveladas em áudios.
Uma gestora de uma rede de farmácias foi condenada a receber R$ 10 mil como indenização por danos morais, após ter sido orientada a adotar práticas discriminatórias durante processos seletivos. A decisão foi confirmada pela 4ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS).
Repercussão do Caso
O caso tomou notoriedade em outubro de 2021, quando gravações de uma coordenadora da empresa circularam nas redes sociais. Nas gravações, ela instruía gestores a evitar a contratação de candidatos homossexuais, obesos, tatuados e com piercings, sugerindo dar preferência a “pessoas bonitas”. Frases como “Vamos preferir os bonitos. Afinal, não somos bobos” e “Se for contratar um veado, que seja alinhado e sem trejeitos exagerados” foram destacadas nas mídias.
Ação da Empresa
Após a repercussão negativa, a empresa demitiu a coordenadora e implementou medidas como a publicação de cartilhas sobre diversidade para tentar mitigar os danos.
Decisão Judicial
A juíza Marinês Denkievicz Tedesco Fraga, do Posto da Justiça do Trabalho de Tramandaí, determinou que a coordenadora ultrapassou seu poder diretivo, expondo a gestora a práticas ilegais e discriminatórias, o que violou normas constitucionais, trabalhistas e internacionais.
Consequências e Reflexões
A desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, relatora do acórdão, confirmou a violação aos princípios da igualdade e da não discriminação, ressaltando a omissão da empresa em prevenir condutas discriminatórias. A decisão é final e não houve recurso.