O dólar caiu pela sétima sessão consecutiva nesta terça-feira (28), com uma variação negativa de 0,74%, cotado a R$ 5,868. Este é o menor valor registrado desde 26 de novembro de 2024, quando a moeda americana foi cotada a R$ 5,808. Durante o dia, chegou a registrar mínima de R$ 5,856. Desde o início do mês, a divisa acumula uma queda de 5,02% em relação ao real.

Expectativas do Mercado

A queda do dólar se deu em um cenário onde a moeda americana se valorizava frente à maioria das divisas globais, evidenciada pelo avanço de 0,51% do índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas.

Impacto na Bolsa de Valores

O mercado acionário brasileiro também refletiu o clima de cautela, com a Bolsa encerrando o dia com uma queda firmada de 0,64%, chegando a 124.055 pontos, após um aumento de quase 2% no pregão anterior. As ações da Vale, que caíram mais de 2%, foram um dos principais fatores influenciadores dessa descida.

Reuniões do Comitê de Política Monetária

Os investidores estão atentos ao início das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve dos EUA, que devem anunciar novas taxas de juros até esta quarta-feira (29). No Brasil, a expectativa é de uma possível elevação da taxa Selic de 12,25% para 13,25% ao ano.

Críticas de Donald Trump e suas Consequências

Além disso, o noticiário internacional também gerou volatilidade, com o presidente dos EUA, Donald Trump, criticando o Brasil e mencionando tarifas de importação. Analistas apontam que isso pode impactar o comportamento do mercado de câmbio, mas a situação ainda é incerta em relação à manutenção do dólar abaixo de R$ 6 no longo prazo.

Desdobramentos no Setor de Tecnologia

O dia também foi marcado por reações ao crescimento da startup chinesa DeepSeek, que provocou uma liquidação de ações de tecnologia globalmente. O real, entretanto, se mostrou resiliente, evitando as perdas que outras divisas emergentes enfrentaram nesse contexto.