Em meio a desafios financeiros, a Oxxo, rede de lojas de conveniência operada pela Femsa no Brasil, pode encontrar uma nova oportunidade de recuperação ao considerar a venda de medicamentos. A rede, que já possui mais de 600 lojas no país, está sendo pressionada por investidores devido às perdas significativas registradas pela Raízen, sua parceira no Brasil.

O Contexto da Crise

A Raízen, sob a liderança de Rubens Ometto, já expressou preocupações sobre a viabilidade da Oxxo, que tem gerado prejuízos e, segundo Ometto, "queimado caixa". Ele não descarta a possibilidade de um desinvestimento, mas ao mesmo tempo observa que a abertura do mercado de medicamentos pode ser uma solução.

A Proposta de Lei

Atualmente, duas propostas de lei estão em tramitação no Congresso, visando liberar a venda de medicamentos isentos de prescrição (MIP) em supermercados e lojas de conveniência. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) apoia essa iniciativa, argumentando que a medida aumentaria a concorrência e levaria à redução de preços.

Potencial de Mercado

Rubens Ometto acompanhou as discussões sobre a proposta e expressou um olhar positivo sobre a abertura do mercado. Segundo ele, a Oxxo, com sua ampla presença, especialmente em São Paulo, poderia se beneficiar dessa mudança. Entretanto, ele também reconhece a necessidade de avaliar os impactos sobre as farmácias tradicionais.

Considerações Finais

Se aprovada, a medida pode não apenas ajudar a Oxxo a se reerguer financeiramente, mas também transformar a dinâmica do mercado de medicamentos no Brasil, permitindo que consumidores tenham acesso mais fácil a esses produtos.