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Nísia Trindade revela que Lula justificou sua saída do Ministério da Saúde como 'mudança de perfil'
Após demissão, ex-ministra critica 'fritação' e defende sua gestão durante o tempo em que esteve à frente da pasta.
BRASÍLIA – Um dia após ser desligada do Ministério da Saúde, Nísia Trindade afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) justificou sua saída pela necessidade de uma mudança de perfil na pasta. O Palácio do Planalto confirmou na noite de terça-feira (26) que Alexandre Padilha, atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, seria seu sucessor.
Justificativa da Demissão
Nísia relatou: "A conversa com o presidente teve o tom de me comunicar sua avaliação deste segundo momento do governo, e que ele achava importante uma mudança de perfil à frente do Ministério da Saúde. Ele também me agradeceu pelo trabalho realizado." Em sua fala, ela destacou que a avaliação do presidente considerava as dimensões técnico-políticas como mais relevantes neste momento.
Críticas e 'Fritação'
A ex-ministra expressou desapontamento com o que chamou de "fritação" que enfrentou nos últimos meses, incluindo a veiculação de notícias falsas sobre sua saída, como a de que teria realizado uma reunião de despedida. "Isso é inconcebível e não deveria acontecer. O correto seria apurar os fatos, sem antecipar decisões que cabem exclusivamente ao presidente", enfatizou Nísia.
Desafios e Críticas à Gestão
Desde o início do seu mandato, Nísia Trindade enfrentou diversas críticas de congressistas e membros do governo, incluindo o próprio presidente Lula. Ele expressou preocupações sobre a falta de iniciativas marcantes em sua gestão, comparando-a com programas de sucesso de administrações anteriores, como o Mais Médicos e o Farmácia Popular. Além disso, Nísia não conseguiu avançar significativamente com o programa "Mais Acesso a Especialistas", que visava reduzir a fila do Sistema Único de Saúde (SUS).
O Novo Ministro
Alexandre Padilha assumirá oficialmente o cargo em 6 de março. Médico infectologista e ex-ministro da Saúde entre 2011 e 2014, Padilha foi escolhido por sua proximidade com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa mudança ocorre em um contexto de pressão política e necessidade de uma gestão mais assertiva na saúde pública, especialmente com a proximidade das eleições.