No dia 25 de fevereiro de 2025, o dólar apresentou uma leve queda, encerrando a sessão a R$ 5,752, após uma manhã de alta em resposta à divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15). A moeda americana ampliou a alta logo no início, chegando a ser cotada a R$ 5,813, mas acabou desacelerando após declarações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que fez menções positivas sobre a agenda fiscal do governo.

Movimentações do Mercado

O dólar, apesar de sua leve queda de 0,03%, refletiu um movimento semelhante no mercado internacional, onde o índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana em relação a outras seis divisas, desvalorizou-se em 0,36%, fechando a 106,29 pontos. Desde o início do ano, o dólar acumulou uma queda de 6,90% frente ao real.

Impacto do IPCA-15 e Expectativas do Mercado

A divulgação dos dados do IPCA-15 mostrou uma aceleração para 1,23% em fevereiro, pressionada principalmente pelos custos da energia elétrica. Este é o maior valor para o período desde 2016, e o acumulado em 12 meses foi de 4,96%, um pouco abaixo das expectativas de 5,10% do mercado, mas ainda assim gerando preocupações sobre o controle da inflação no país.

Declarações do Ministro da Fazenda

Durante um evento do BTG Pactual em São Paulo, Haddad enfatizou que a agenda fiscal do governo não deve perder ímpeto e que as reformas necessárias para melhorar as contas públicas serão retomadas. Ele alertou que, embora o presidente tenha como prioridade arrumar as contas, não é possível que os ajustes recaírem sobre os mais vulneráveis: "O comando do presidente é arrumar as contas, mas não podemos de novo fazer o ajuste recair na parte mais fraca da sociedade".

Perspectivas Futuras

Com o mercado demonstrando ceticismo ante a possibilidade de um descolamento das medidas fiscais, os investidores estão cada vez mais atentos às políticas sociais que o governo Lula implementará, o que pode acarretar em um aumento dos gastos públicos e, consequentemente, impactos na inflação. A expectativa para a inflação no Brasil continua a subir, com a previsão atual para o IPCA alcançando 5,65% ao final deste ano.

Conclusão

O ambiente econômico permanece volátil, com a estabilidade do dólar refletindo uma série de fatores locais e internacionais, incluindo políticas fiscais do governo e a situação econômica nos Estados Unidos, onde a confiança do consumidor passou por uma queda significativa.