Condenação de bolsonarista marca julgamento com lágrimas e reviravoltas
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Condenação de bolsonarista marca julgamento com lágrimas e reviravoltas

Jorge Guaranho foi sentenciado a 20 anos de prisão pelo assassinato do petista Marcelo Arruda em uma festa de aniversário.

Por Admin

15/02/2025 17:05 · Publicado há 3 mêses
Categoria: Política

A condenação de Jorge Guaranho, ex-policial penal e bolsonarista, ocorreu após um julgamento que se estendeu por três dias no Tribunal do Júri de Curitiba. Ele foi declarado culpado pelo assassinato do militante petista Marcelo Arruda, que aconteceu durante a celebração de seu aniversário em 2022. Guaranho recebeu uma sentença de 20 anos de prisão em regime fechado e foi transportado para a cadeia pública de Curitiba, onde permaneceu por cerca de duas horas antes de ser transferido para o Complexo Médico Penal.

Reações e Sentimento da Família

A decisão foi recebida com emoção pela família de Marcelo, que celebrou a condenação entre choros e gritos de "Marcelo, presente!". No entanto, um desdobramento inesperado ocorreu no dia seguinte, quando a defesa de Guaranho conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Paraná, permitindo que ele cumprisse prisão domiciliar com monitoramento eletrônico devido a problemas de saúde.

Detalhes do Julgamento

No tribunal, Pamela Silva, companheira de Marcelo, foi uma das primeiras a chegar. Ela enfatizou a importância de seguir em frente, mesmo diante da dor. Durante o julgamento, Guaranho tentou justificar suas ações, alegando que só atirou em Marcelo porque acreditava estar sob ataque. "Era atirar ou ser baleado", declarou ao júri, insistindo que sua intenção não era de matar por questões políticas.

Decisão Judicial e Implicações

A juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler observou que a intolerância política de Guaranho contribuiu para sua condenação, evidenciando um traço de egoísmo e desrespeito por opiniões divergentes. A decisão levou à criação da lei que institui o dia 9 de julho como o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política em Paraná. O caso atraiu a atenção de várias lideranças políticas, incluindo o deputado federal Tadeu Veneri, que esteve presente durante a leitura da sentença.

Mudanças na Defesa

Guaranho trocou de advogado durante o processo, com Samir Mattar Assad inicialmente à frente da defesa, seguido por Ércio Quaresma, conhecido por lidar com casos de grande notoriedade. A mudança e a estratégia de defesa geraram certa controvérsia, especialmente quando Guaranho, que alegava problemas de memória, apresentou sua versão dos fatos ao júri. Durante o julgamento, um vídeo homenageando Marcelo foi exibido, provocando reações emocionais da família.

Estado de Saúde e Consequências Legais

Apesar da condenação, a saúde debilitada de Guaranho foi um fator que influenciou a decisão do desembargador que autorizou sua prisão domiciliar. "Sua prisão domiciliar não colocará em risco a sociedade", afirmaram os responsáveis pela decisão. O desfecho do caso ainda levanta reflexões sobre a violência política e a intolerância no Brasil.

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