A escolha do governador Romeu Zema (Novo) pelo ex-deputado federal Marcelo Aro (PP) para a Secretaria de Governo é uma resposta ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), Tadeu Leite (MDB), conhecido como Tadeuzinho. A nova formação dos assentos nas principais comissões permanentes, promovida por Tadeuzinho, gerou descontentamento no Palácio Tiradentes.

Comissões e Poder

Embora a redistribuição tenha mantido quatro dos sete assentos com os blocos de apoio a Zema, como o “Minas em Frente” e o “Avança Minas”, o governo acredita que não tem mais a maioria nas comissões de Constituição e Justiça e de Administração Pública, já que seus presidentes pertencem ao círculo próximo de Tadeuzinho. A Comissão de Constituição e Justiça, por exemplo, será presidida por Doorgal Andrada (PRD), e a composição atual sugere que a maioria poderá ser perdida, uma vez que três dos seis assentos restantes são ocupados por partidos da oposição, como PT, Rede e PL.

A Resposta do Governo

A escolha por Aro, anunciada no dia 12 de fevereiro, parece ser uma estratégia do governo Zema para contra-atacar o fortalecimento da influência de Tadeuzinho na ALMG. Aro é visto como um perfil oposto ao antecessor Gustavo Valadares, que ocupava a secretaria como um gesto de aproximação com a ALMG.

Relacionamento em Jogo

Apesar das mudanças e das tensões, há uma expectativa de que Adalclever Lopes (PSD), que presidirá a Comissão de Administração Pública, se alinhe ao governo, dada sua necessidade de apoio do Palácio Tiradentes para consolidar suas bases eleitorais em busca de reeleição. Aro e Tadeuzinho, embora em lados opostos da disputa política, têm mantido um relacionamento cordial, com Aro já convidando Tadeuzinho para um almoço logo após sua nomeação.