{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://otempo.scene7.com/is/image/sempreeditora/cidades-abordagem-celular-supermercado-1727749847?qlt=90&ts=1739291487436&dpr=off
Inflação apresenta desaceleração, mas preços dos alimentos permanecem altos nos supermercados
Descontos nas contas de luz não refletem na redução dos preços dos alimentos, que continuam a subir.
No início deste ano, a inflação apresentou uma queda significante, sendo a maior desaceleração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde 1994. No entanto, essa diminuição não se traduziu em preços mais baixos, especialmente nos supermercados. Em contraste com a inflação geral, a alimentação teve um aumento contínuo, marcando o quinto crescimento consecutivo.
Dados da Inflação
Em janeiro, a inflação registrada pelo IBGE foi de 0,16%, uma queda de 0,36 pontos percentuais em relação ao mês anterior, que teve 0,52%. A contenção dos preços foi beneficiada por um desconto nas contas de luz, totalizando R$ 1,3 bilhão, oriundo da usina de Itaipu.
Aumento no Preço dos Alimentos
Ainda assim, a inflação de alimentos e bebidas aumentou em 0,96%, com destaque para um crescimento de 1,07% na alimentação em domicílio. Por outro lado, a alimentação fora de casa apresentou uma desaceleração, com taxas caindo de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. Os principais impulsionadores dos preços foram produtos como cenoura, que subiu 36,14%, tomate com alta de 20,27%, e café moído, que teve um aumento de 8,56%.
Causas das Altas Preços
Os economistas apontam que os eventos climáticos extremos, como grandes chuvas em algumas regiões e secas em outras, têm impactado negativamente as safras agrícolas. Embora 2025 não seja um ano de El Niño, os analistas sugerem que, sem surpresas climáticas, é possível que os preços de alguns alimentos diminuam ao longo do ano.
Perspectivas Futuras
Matheus Dias, economista da FGV Ibre, menciona que existe uma expectativa de queda ou uma alta menos acentuada nos preços com a melhoria nas safras, mas não no curto prazo. Ele alerta que commodities como milho e soja têm um efeito cascata, refletindo diretamente sobre os preços de carnes suína e de aves, que são significativas no cálculo do IPCA.