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UFMG inova com tecnologia de captura de CO2 emitido por caminhões
Solução desenvolvida pela universidade pode reduzir em até 17% as emissões de dióxido de carbono.
Uma nova tecnologia, desenvolvida ao longo de 20 anos por pesquisadores do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é capaz de capturar até 17% do dióxido de carbono (CO2) gerado por caminhões. A tecnologia foi recentemente patenteada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 23 de janeiro de 2025.
Contexto da Emissão de CO2
O dióxido de carbono é o gás mais prevalente entre os que contribuem para o efeito estufa. Segundo o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), Minas Gerais ocupa a quinta posição entre os estados brasileiros que mais emitem CO2, com mais de 100 milhões de toneladas emitidas em 2023.
Desenvolvimento e Parcerias
A pesquisa conta com o apoio de empresas e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Em 2022, o grupo foi selecionado no edital Rota 2030, Mobilidade e Logística do Governo Federal, e trabalhou em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e uma montadora, não divulgada por motivos estratégicos. O projeto, liderado pelo professor Jadson Belchior, inclui uma equipe de dez pessoas que alcançou, recentemente, um avanço significativo na captura de CO2 a 100°C.
Funcionamento do Sistema
A captura do dióxido de carbono requer a instalação de um reator nos caminhões, onde um material absorvente realiza reações químicas com o gás. As esferas do material têm cerca de um centímetro de diâmetro e, segundo Belchior, o projeto atingiu uma eficiência de captação entre 7,7% e 17,2% durante testes de campo em rotas urbanas e rurais.
Importância da Economia Circular
O sistema não apenas retém o CO2 mas também busca sua reutilização em diversas indústrias. Belchior destaca que a tecnologia pode ser aplicada em setores como o químico, alimentício e médico, contribuindo para uma economia circular.
Patentes e Futuro da Pesquisa
A patente agora registrada se soma a outras 20 desenvolvidas pelo grupo desde 2007. Com financiamento adicional, o objetivo é melhorar ainda mais a eficiência do sistema. O professor acredita que, se aplicada em eventos como a COP 30, essa tecnologia poderia posicionar o Brasil como líder em inovações para a captura de emissões de veículos pesados.