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Aumento de Taxação do Alumínio nos EUA Pode Afetar Setor Brasileiro
Nova medida de Trump gera preocupação na indústria que exportou US$ 267 milhões para o país.
O aumento da taxação das importações de aço e alumínio assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, nessa segunda-feira (10/02), joga uma sombra de tensão sobre uma indústria milionária no Brasil. Horas após a assinatura do documento, a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) emitiu uma nota de preocupação sobre o futuro do setor, que no último ano exportou o equivalente a US$ 267 milhões para os EUA.
Contexto da Taxação
A Abal lembra que, na primeira gestão de Trump, em 2018, a importação de alumínio já havia sido taxada, mas com exceções e cotas que flexibilizaram a medida para uma série de países. Os detalhes da nova taxação ainda não foram esclarecidos pelo governo norte-americano, porém Trump já afirmou que não abrirá exceções desta vez.
Impactos na Indústria Brasileira
Uma das dúvidas da indústria do alumínio brasileira é se a taxa de 25% anunciada substituirá a atual, de 10%, ou se será somada a ela, totalizando 35%. “Os efeitos imediatos para o Brasil serão sentidos primeiramente nas exportações e na dificuldade de acesso dos produtos brasileiros a esse mercado”, diz a nota da entidade. A participação do Brasil nas importações de alumínio para os EUA é relativamente pequena — 1% do total. Mas, do outro lado da balança, representa 16,8% das exportações desse mercado no Brasil.
Repercussões Econômicas
A Abal afirma, ainda, que, com a dificuldade de penetrar nos EUA, outros mercados internacionais podem aumentar as exportações para o Brasil e concorrer diretamente com a indústria nacional. “Além dos impactos na balança comercial, preocupa ainda mais os efeitos indiretos associados ao aumento da exposição do Brasil aos desvios de comércio e à concorrência desleal. Produtos de outras origens que perderem acesso ao mercado americano buscarão novos destinos, incluindo o Brasil, podendo gerar uma saturação do mercado interno de produtos a preços desleais”, pondera.
Pedido de Ações Governamentais
Os preços regionais também podem aumentar, continua a associação, especialmente em pontos que dependem de importações. A indústria do alumínio cobra, agora, que o governo federal fortaleça a defesa comercial e reveja sua política tarifária para proteger esse mercado. “A ABAL está em diálogo com o governo brasileiro para compreender as implicações dessa medida e buscar soluções que mitiguem seus impactos sobre a economia nacional no curto e médio prazo, garantindo um ambiente mais competitivo para a indústria do alumínio brasileira”, finaliza.