A redistribuição dos postos-chave da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) deixará a Casa mais alinhada ao presidente Tadeu Leite (MDB), conhecido como Tadeuzinho. Reeleito para o biênio 2025-2026 no último mês de dezembro, Tadeuzinho terá aliados ocupando cargos estratégicos da ALMG, desde a presidência da Comissão de Constituição e Justiça até a liderança do bloco “Avança Minas”, um dos dois da base do governo Romeu Zema (Novo).

Indicados e Comissões

O deputado estadual Noraldino Júnior (PSB), que, conforme adiantou a TV Sim Brasil, será indicado para a liderança do “Avança Minas”, faz parte do círculo próximo a Tadeuzinho. A indicação de Noraldino, apesar da resistência do governo Zema, surgiu entre os parlamentares mais próximos ao presidente da ALMG. O MDB, legenda do próprio Tadeuzinho, é um dos nove partidos que integram o bloco “Avança Minas”.

Disputa e Alianças

A liderança foi disputada entre os deputados Roberto Andrade (PRD) e Bosco (Cidadania), aliados do governo Zema. Enquanto Bosco atua como um dos vice-líderes do Palácio Tiradentes, Andrade foi líder do governo na última legislatura e poderia ter sido candidato à presidência da Casa, caso houvesse articulação suficiente.

Comissões Importantes

A equipe de Tadeuzinho também está composta por aliados nas presidências das comissões de Constituição e Justiça e de Administração Pública, consideradas as mais essenciais. O ex-presidente da Comissão de Redação, Doorgal Andrada (PRD), assumirá o cargo de presidente da Comissão de Constituição e Justiça, enquanto Adalclever Lopes (PSD), ex-presidente da ALMG, assumirá a presidência da Comissão de Administração Pública.

Relação com Zema

Apesar de garantir posições para seus aliados, um colaborador de Tadeuzinho enfatiza que não há um rompimento com o governo Zema, mas sim um movimento de “independência”. O deputado mencionou que a relação com o governo deve ser mantida, uma vez que Tadeuzinho já entregou resultados ao Palácio Tiradentes nos dois últimos anos.

Expectativas Futuras

A ALMG seguirá sob a influência de Tadeuzinho enquanto ele também é cogitado como possível candidato à vice-governadoria em uma chapa liderada pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD) para a eleição em 2026. Cita-se que, apesar das especulações sobre sua saída da presidência, Tadeuzinho tem manifestado o desejo de se reeleger.