{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://midias.em.com.br/_midias/png/2025/02/03/520x405/1_deslizamento_barragem_conceicao_do_para_leandrocouri-45830180.png?20250203152724?20250203152724
Movimentação de rejeitos em barragem gera preocupação na comunidade de Conceição do Pará
Novo deslizamento em pilha de rejeitos da mina Turmalina alerta moradores após colapso anterior em dezembro.
A comunidade de Casquilho de Cima, em Conceição do Pará, está em estado de alerta desde 7 de dezembro de 2024, quando ocorreu o colapso parcial de uma pilha de rejeitos da mina Turmalina. As fortes chuvas que afetaram a região recentemente intensificaram as preocupações dos moradores, especialmente após uma nova movimentação na pilha de rejeitos, registrada no último domingo (2/1).
Contexto do Deslizamento
Na nova movimentação, não foram registrados feridos ou danos a novas residências, mas a comunidade permanece em vigilância. Em dezembro, cinco casas foram soterradas e 109 permanecem interditadas. Imagens feitas por moradores nesta quarta-feira mostram a movimentação de parte dos resíduos sólidos.
Responsabilidade da Mineradora
A Jaguar Mining Inc., empresa responsável pela mina Turmalina, comunicou que a movimentação ocorreu na área frontal da pilha já afetada por deslizamentos anteriores. A empresa também informou que georadares captaram a movimentação, levando à paralisação das atividades de contenção por questões de segurança. Para esclarecimentos, a mineradora disponibilizou um telefone e um e-mail para contato.
Impactos na Comunidade
Desde o colapso, a Defesa Civil tem monitorado a situação. Os moradores desabrigados foram realocados para hotéis nas cidades vizinhas, como Pitangui e Pará de Minas, enquanto algumas famílias optaram por se acomodar na casa de parentes. Imagens aéreas retratam a destruição na área, com ruas soterradas e residências devastadas.
Medidas de Segurança
A Jaguar Mining está erguendo barreiras de contenção e utilizando tecnologia de monitoramento contínuo para prever novos deslizamentos. O capitão Thales Gustavo de Oliveira Costa, do Corpo de Bombeiros, reiterou que a área permanece isolada e as residências não devem ser reocupadas até que a situação se normalize.
Compensações e Responsabilidades
A Justiça ordenou que as famílias afetadas recebam um auxílio emergencial de R$ 10 mil, além de outras compensações. A mineradora deve arcar com os custos de assistência médica e transporte para as atividades diárias, bem como providenciar vigilância nas casas desocupadas.
Os moradores expressam sua angústia em meio ao caos. Um deles relatou: “A casa da minha cunhada dá até medo de entrar. E eles não deixam tirar nada. Vai perder tudo se tiver um novo deslizamento.” Outra moradora, que viu sua casa ser soterrada, descreveu a dor de perder tudo o que construiu: “Fiquei sem perspectiva.”