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Início do Ano Legislativo Marca Mudança na Relação entre Câmara e Prefeitura de Belo Horizonte
Após um período de colaboração, Câmara Municipal de BH se prepara para avaliar projetos da Prefeitura com cautela.
O ano legislativo na Câmara Municipal de Belo Horizonte inicia hoje, sinalizando o fim da 'lua de mel' com a administração municipal. Após o governo conseguir aprovar, no final de 2024, todas as propostas de interesse do Executivo, o clima na Casa parece ter mudado. Agora, a oposição promete analisar as propostas da Prefeitura de forma mais cautelosa.
Reestruturação Política
A bancada do PL, que é a maior da Câmara com seis dos 41 vereadores, lidera a oposição. O partido ocupa a secretaria geral da Mesa Diretora, comandada por Pablo Almeida, e é cotado para assumir a presidência da Comissão de Legislação e Justiça (CLJ), a mais influente do Legislativo, com o vereador Uner Augusto. O PL, aliado do presidente da Câmara, Juliano Lopes (Podemos), se encontra em tensão com o prefeito em exercício, Álvaro Damião (União), desde as negociações para a eleição da presidência da Casa, realizada em 1º de janeiro.
Alinhamento e Conflitos
Juliano e Damião têm defendido a importância da harmonia entre os dois poderes, mas até o momento não se tiveram conversas significativas desde a eleição. O líder do PL, Sargento Jalyson, enfatizou que a oposição fará uma análise minuciosa das propostas do governo: "Cada projeto enviado pela prefeitura será analisado um a um, no conta-gotas. Se o texto for bom, ótimo, vamos votar. Se for ofensivo aos nossos valores, seremos contra", afirmou.
Expectativas do Executivo
O prefeito em exercício, Álvaro Damião, tem se mostrado cauteloso em seus primeiros atos no cargo, sancionando projetos de vereadores de ambos os lados, com o intuito de evitar desgastes políticos. Em uma cerimônia no dia 7 de janeiro, sanções de projetos de lei de parlamentares foram realizadas, incluindo de um vereador da oposição.
Comissões e Futuras Decisões
Juliano Lopes anunciou a formação de oito das nove comissões permanentes da Câmara, sendo que a presidência de cada uma delas será definida em breve. A expectativa é que a maioria das comissões fique sob o controle de aliados, já que o PSD e o União Brasil, que apoiaram o prefeito afastado, não terão presidências. Dessa forma, a composição da Câmara para o biênio 2025/2026 será crucial para as articulações políticas e a relação entre os poderes em Belo Horizonte.