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Aumento da Violência Política no Brasil
Minas Gerais destaca-se entre os estados com maior número de incidentes entre 2022 e 2024, especialmente durante as eleições municipais.
O Brasil registrou 706 casos de violência política em 2024, o maior número desde o início do monitoramento realizado pelo Observatório da Violência Eleitoral e Política no Brasil (OVPE/Unirio). Esta entidade acompanha os casos desde 2020, quando houve 235 registros no mesmo período eleitoral.
Contexto da Violência Política
Minas Gerais ocupa uma posição significativa nesse cenário, figurando entre os estados com mais ocorrências. Em 2023, o estado registrou 41 casos de violência política, posicionando-se como o quinto mais afetado, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Ceará. O Amapá foi o estado com menos casos, somando apenas um durante o mesmo período.
Dados Alarmantes
O mês de setembro de 2024 foi o mais crítico, com 360 episódios de violência, representando mais da metade (51%) do total registrado. Entre 16 de agosto e 27 de outubro, período que abrangeu as campanhas e o segundo turno das eleições, foram contabilizados 328 casos de violência, incluindo episódios físicos, psicológicos e econômicos.
Análise da Situação
Segundo Miguel Carnevale, pesquisador do OVPE/Unirio, as eleições municipais têm mostrado um histórico de maior incidência de violência em comparação a disputas para outros cargos, como os de deputados e governadores. "As municipais registram mais episódios de violência especificamente contra candidatos envolvidos," afirma Carnevale.
Impacto sobre as Mulheres
Os homens são os principais alvos da violência, somando 68,9% das vítimas, enquanto as mulheres representam 31,1%. Apesar de sua menor proporção em candidaturas, a taxa de mulheres vitimadas é alarmantemente alta. Carnevale destaca que isso demonstra uma intenção deliberada de dificultar a participação feminina na política.
Partidos mais Afetados
O Partido dos Trabalhadores (PT) foi o mais visado, com 48 registros de violência, seguido pelo MDB e União Brasil. Os números de 2024 superaram os de 2022, quando foram contabilizados 645 casos em um ciclo eleitoral diferente.