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Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/sports/futebol-nacional/corinthians/2025/8/entenda-por-que-nao-houve-bo-em-caso-do-cartao-corporativo-do-corinthians.jpeg
Entenda por que não houve B.O. em caso do cartão corporativo do Corinthians
Investigação interna e Ministério Público apuram uso indevido de cartões corporativos por ex-dirigentes do clube
Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, comentou sobre as denúncias envolvendo gastos indevidos feitos pelos ex-presidentes Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez com cartões corporativos do clube.
Denúncias e gastos revelados
Recentemente, faturas vazadas mostraram despesas irregulares com o cartão corporativo do Corinthians em diferentes gestões. Andrés Sanchez reconheceu ter utilizado o cartão para custear uma viagem pessoal ao Rio Grande do Norte em 2020, totalizando despesas de R$ 9 mil. Já Duilio Monteiro Alves foi acusado de realizar 176 compras em 2023, somando R$ 86 mil, incluindo gastos com carnes nobres, cigarros e medicamentos para disfunção erétil. Alves nega a veracidade dessas faturas.
Apuração e impossibilidade de B.O. imediato
Tuma explicou que o caso será investigado pelo órgão fiscalizador do Corinthians, mas que não é possível registrar um Boletim de Ocorrência por apropriação indébita no momento. Segundo ele, a legislação exige que o acusado seja notificado e tenha a chance de devolver os valores antes que o crime possa ser caracterizado. Essa notificação ainda não ocorreu porque o clube não obteve acesso às faturas do período em questão.
"Sobre o boletim de ocorrência, não compete ao Conselho Deliberativo fazer o BO. Por que vou fazer BO de apropriação indébita? O Andrés mandou ofício para mim, disse que tinha uma despesa no nome dele e que não foi avisado. Ele chegou e pagou. Poderia se esconder. Isso é confissão, não sei se é. Ele fez ofício e pagou o clube", declarou o presidente do Conselho.
Investigação interna e Ministério Público
Após as denúncias, Andrés Sanchez admitiu os gastos indevidos na viagem e afirmou que se confundiu com o uso do cartão. Segundo ele, não havia sido notificado sobre as despesas, e após a divulgação do caso, pagou R$ 15 mil ao clube. Esse pagamento impede que o Corinthians acuse apropriação indébita nesta situação.
A diretoria do Corinthians tenta acessar as faturas antigas para verificar se houve pedido de ressarcimento, mas os documentos não foram localizados. O Ministério Público abriu investigação contra os ex-dirigentes, e Romeu Tuma Jr. confirmou que o caso também será apurado internamente conforme previsto no estatuto do clube.
"Não sei se é apropriação indébita. Não estou defendendo, mas estou dizendo que não é caso do Conselho Deliberativo fazer BO. Não sei se o crime está configurado, quem vai dizer se está configurado é o Ministério Público. Não me cobraram para caramba no caso do Augusto de esperar inquérito, vocês são imprensa livre. Como vamos ter um presidente réu com o clube como assistente de acusação? Como isso? O Corinthians não apura crime, apura infração estatutária", esclareceu o dirigente.