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Tarifa de Trump: 7 pontos essenciais para entender o impacto da medida sobre o Brasil
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Tarifa de Trump: 7 pontos essenciais para entender o impacto da medida sobre o Brasil

Entenda as implicações da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros e seus efeitos econômicos e comerciais.

Por Admin

05/10/2025 03:01 · Publicado há 10 dias
Categoria: Economia

Desde o início do segundo mandato de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, tarifas têm sido utilizadas como uma ferramenta de pressão política e comercial. O Brasil, que recebeu a maior tarifa de 50%, é um dos principais alvos dessa estratégia. As consequências dessa medida podem afetar diretamente o comércio bilateral, levando à instabilidade em setores produtivos e no mercado de trabalho brasileiro.

Como funcionam as tarifas de Trump?

Uma tarifa representa uma taxa cobrada pelo governo de um país sobre produtos importados. No caso de uma tarifa de 50%, o comprador norte-americano paga ao governo local um valor adicional correspondente a metade do preço do produto. Essa taxa não é paga diretamente pelo governo brasileiro ou pelas empresas brasileiras, mas impacta o comércio, já que importadores dos EUA podem reduzir compras ou negociar preços menores, prejudicando os negócios brasileiros.

Embora os detalhes da cobrança ainda não estejam claros, há uma expectativa de que a tarifa será uma sobretaxa, ou seja, será adicionada às tarifas já existentes. Por exemplo, a carne bovina, que atualmente possui taxas de até 26,4%, poderia passar a ter uma tarifa total de até 76,4%, segundo estimativas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Setores mais afetados

O tarifaço afeta todos os produtos brasileiros exportados para os EUA, mas com maior intensidade setores tradicionais como siderurgia, agronegócio (produtores de café, carne e laranja), autopeças e indústria aeronáutica. Projeções da CNA indicam redução de até 100% nas exportações de suco de laranja e até 25% para o café aos EUA.

Consequências econômicas

Para o Brasil, o tarifaço pode causar prejuízos às empresas exportadoras, redução da produção e perda de empregos. Os EUA, por sua vez, podem sofrer aumento nos preços de produtos consumidos diariamente, como o suco de laranja, do qual importam cerca de 40% da produção brasileira. A restrição nas exportações pode aumentar a oferta interna no Brasil, mas isso não necessariamente resultará em queda nos preços domésticos, podendo causar danos à economia.

Estudo do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG projeta queda de 0,16% no PIB brasileiro, equivalente a R$ 19,2 bilhões, e ameaça a 110 mil empregos.

Motivação da tarifa

Trump justificou a cobrança em uma carta, alegando, de forma equivocada, que os EUA possuem déficit comercial com o Brasil, quando na realidade há superávit há 17 anos consecutivos. A carta também menciona questões políticas, como a crítica ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e supostas ordens que limitariam a liberdade de expressão de norte-americanos no Brasil.

Possibilidades de reversão

O Brasil está empenhado em negociar a reversão ou adiamento da tarifa, mas o secretário de Comércio dos EUA confirmou que não haverá períodos de carência. Embora haja disposição para negociação, não ocorreram tratativas oficiais recentes. O Brasil avalia medidas de apoio a setores afetados e considera a aplicação da Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica, que permite medidas proporcionais contra tarifas impostas por outros países, ainda que isso possa gerar riscos como perda de empregos e impacto no PIB.

Outros países e tarifas

Além do Brasil, outros países como Argélia, Brunei, Iraque, Líbia, Moldávia, Filipinas e Sri Lanka também foram alvo de tarifas de Trump, mas nenhum recebeu taxa tão alta quanto o Brasil. Alguns países conseguiram negociar reduções, como União Europeia, Japão e Indonésia. A China, rival comercial dos EUA, viu sua tarifa temporariamente reduzida de 145% para 30%.

Relação do Pix com o tarifaço

Paralelamente à tarifa, o governo dos EUA iniciou uma investigação sobre práticas comerciais brasileiras consideradas supostamente desleais. Entre as críticas está o Pix, o sistema de pagamentos mais utilizado no Brasil, que concorre com sistemas de pagamento norte-americanos. A preferência pelo Pix em detrimento do WhatsApp Pay, ligado à empresa Meta e com aproximação política a Trump, pode ter agravado a situação.

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