{{noticiaAtual.categoria.titulo}}

{{noticiaAtual.titulo}}

{{clima.temp}} °C

{{clima.description}} em

{{relogio.time}}

{{relogio.date}}
Brasil negocia isenção de tarifas com EUA para Embraer e produtos alimentícios
Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/neg%C3%B3cio%20e%20franquia/2025/7/neg%C3%B3cio%20e%20franquia-laranjas-1753127937.jpeg

Brasil negocia isenção de tarifas com EUA para Embraer e produtos alimentícios

Governo brasileiro busca excluir itens estratégicos do tarifaço americano para proteger exportações e setores industriais

Por Admin

05/10/2025 02:35 · Publicado há 10 dias
Categoria: Economia

A quatro dias da aplicação da sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos, o governo Lula (PT) trabalha para conseguir excluir alguns itens do tarifaço imposto por Donald Trump. Entre os setores em negociação estão a Embraer e produtos alimentícios como o suco de laranja e o café, importantes para a economia brasileira.

Negociações em andamento

Segundo integrantes do governo envolvidos no tema, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, tem mantido conversas com o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, na tentativa de evitar que alimentos sejam incluídos na lista de produtos a serem sobretaxados. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de suco de laranja, destinando 95% de sua produção para o mercado externo, sendo 42% para os Estados Unidos. Além disso, o país é o principal fornecedor de café para o mercado norte-americano, que adquiriu 2,87 milhões de sacas entre janeiro e maio de 2025, o equivalente a 17,1% do volume total exportado pelo Brasil.

Setor aéreo e plano de contingência

Além das negociações para alimentos, o governo brasileiro busca excluir também as aeronaves fabricadas pela Embraer, uma das principais fornecedoras para a aviação regional dos EUA. Um dos argumentos para a isenção é que a Embraer importa peças dos Estados Unidos, o que cria uma relação comercial bilateral importante.

Sem uma resposta definitiva dos EUA, o governo brasileiro continua avaliando possíveis reações e mantém o plano de contingência em sigilo até a confirmação do tarifaço americano. A proposta para proteger as empresas exportadoras foi finalizada pela equipe técnica e aguarda aprovação do presidente Lula, conforme informou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Posição oficial e expectativas

Após reunião no Palácio do Planalto com Lula, Haddad destacou que todas as possibilidades de reação foram apresentadas ao presidente, mas reforçou que o foco do Brasil é negociar. Alckmin está em contato permanente com as autoridades americanas e as conversas permanecem abertas, ressaltou o ministro.

Haddad também afirmou que Lula não tomará qualquer decisão antes de conhecer o ato executivo detalhado dos EUA sobre as tarifas. O ministro espera que a medida não seja unilateral e afirmou: "Não sabemos nem a decisão que vai ser tomada. Possivelmente, a gente espera que não seja unilateral no dia 1º. Então, nós vamos insistir de que a medida não seja unilateral por parte dos Estados Unidos".

Medidas de apoio e reação política

Entre as possíveis ações de contingência estão a criação de um fundo privado temporário para facilitar crédito a empresas ou setores impactados pelo tarifaço, além de programas para preservação de empregos semelhantes ao modelo adotado durante a pandemia para manutenção do trabalho e renda.

Alckmin elogiou o plano de contingência, mas enfatizou que a prioridade do governo é resolver a questão por meio do diálogo com os EUA. Em relação a uma possível ligação direta entre os presidentes Lula e Trump, Alckmin afirmou que não conversou com Lula sobre o assunto, mas destacou que "o presidente Lula é o homem do diálogo".

Contexto internacional e desafios

O anúncio das sobretaxas por Trump ocorreu no domingo (27), com início previsto para 1º de agosto. A tarifa de 50% será uma das maiores do mundo, o que preocupa o governo brasileiro. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reconheceu a dificuldade em conseguir adiar esse prazo e está em Washington com uma comitiva para buscar sensibilizar autoridades e empresários americanos.

Desde abril, Alckmin tem atuado como principal articulador nas negociações, mas o presidente Lula já admitiu publicamente que as conversas têm sido difíceis, dizendo que "todo dia ele liga para alguém e ninguém quer conversar com ele".

O chanceler Mauro Vieira participou recentemente de uma conferência da ONU em Nova York, mas ainda não houve sinalizações positivas para encontro com membros do governo Trump. Caso não haja perspectiva, o ministro não deve viajar a Washington.

Aspectos políticos e soberania nacional

Auxiliares de Lula ressaltam que o governo não fará concessões na esfera política relacionada ao tarifaço, incluindo assuntos jurídicos envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro ou decisões do Judiciário. Em nota, o governo brasileiro reafirmou que a soberania do país é inegociável nas negociações sobre as tarifas americanas.

O encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, indicou interesse americano em materiais críticos no território brasileiro. Em resposta, Lula declarou que as reservas nacionais de minerais críticos "pertencem ao povo brasileiro". Internamente, Alckmin tem dialogado com representantes da indústria e do agronegócio para avaliar os impactos da sobretaxa na economia.

Esse site usa cookies.

Nós armazenamos dados temporariamente para melhorar a sua experiência de navegação e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento.

Termos de uso & Política de privacidade