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Ednaldo Rodrigues é reeleito presidente da CBF: 'Resistimos ao golpe'
Presidente da Confederação Brasileira de Futebol recebe apoio unânime das federações e clubes para novo mandato
Ednaldo Rodrigues foi reeleito presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta segunda-feira, 24 de março, para um novo mandato de quatro anos, que vai de 2026 a 2030. O dirigente de 71 anos foi o único candidato e recebeu todos os 141 votos das 27 federações e dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro, em reunião realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro.
Processo eleitoral e apoio
A candidatura de Ednaldo foi confirmada na semana anterior, contando com o apoio unânime das federações e a assinatura de sua chapa por 13 clubes da Série A e 13 da Série B. Entre seus aliados estão figuras influentes do futebol nacional, como Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e John Textor, acionista majoritário do Botafogo.
Discurso e contexto político
Em seu discurso, Ednaldo afirmou: "Tentaram um golpe. Resistimos e vencemos". Durante o processo eleitoral, Ronaldo Fenômeno chegou a manifestar dúvidas sobre a transparência da eleição e pediu supervisão presencial da FIFA e da Conmebol para garantir lisura, o que a CBF confirmou que não era necessário, reafirmando a transparência do pleito.
Ednaldo destacou ainda que a eleição representa "o triunfo da democracia, do diálogo, da liberdade e da autonomia das instituições esportivas", e lamentou preconceitos e perseguições sofridos nos últimos anos. Ele também solicitou a presença da FIFA para testemunhar um processo limpo.
Mandato e vice-presidentes
O novo mandato de Ednaldo Rodrigues começará oficialmente em março de 2026. Ele terá como vice-presidentes Reinaldo Carneiro Bastos (SP), Ednaílson Rozenha (AM), Roberto Góes (AP), Ricardo Lima (BA), Gustavo Oliveira (ES), Leomar Quintanilha (TO), Rubens Angelotti (SC) e Gustavo Henrique (CBF, Brasília).
Contexto da eleição e desistência de Ronaldo
Esta foi a primeira eleição na CBF desde 1989 com apenas uma chapa concorrendo. Ronaldo Fenômeno, que havia manifestado interesse em concorrer, desistiu da candidatura citando "falta de diálogo" e a predominância do apoio à reeleição de Ednaldo entre as federações. Apenas a Federação Paulista de Futebol recebeu Ronaldo para ouvir seu projeto, mas no final também apoiou Ednaldo.
Ronaldo pretendia apresentar um projeto de investimento privado para o desenvolvimento sustentável do futebol em todo o país e resgatar a credibilidade da entidade máxima do futebol brasileiro.
Bastidores e desafios recentes
Ednaldo Rodrigues precisou atuar nos bastidores para garantir sua reeleição, reunindo-se com presidentes de clubes das ligas Libra e LFU. Ele também promoveu mudanças no comando da arbitragem, frequentemente criticada, e declarou que não se opõe à criação de uma liga unificada.
A CBF enfrentou disputas judiciais nos últimos dois anos, incluindo o afastamento temporário de Ednaldo, que foi reconduzido ao cargo no ano anterior. Em fevereiro de 2025, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro declarou extinta a ação que questionava as regras eleitorais da CBF, legitimando o processo que reconduziu Ednaldo ao poder.