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Minoritários questionam troca no comando da Tupy
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Minoritários questionam troca no comando da Tupy

Acionistas criticam indicação de Rafael Lucchesi como CEO e denunciam interferência política do governo na metalúrgica

Por Admin

04/10/2025 19:01 · Publicado há 11 dias
Categoria: Economia

Os acionistas minoritários da Tupy afirmam terem sido surpreendidos pela decisão de troca na liderança da empresa. Fernando Rizzo, que ocupa o cargo de CEO desde 2018, deixará a função. O BNDESPar, braço de participações do BNDES, junto com a Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, que detêm 53% do capital da metalúrgica, indicaram Rafael Lucchesi para substituir Rizzo.

Controvérsia entre investidores

Segundo fontes consultadas pela coluna, Rafael Lucchesi não é um nome consensual entre os investidores minoritários da Tupy. Há queixas de que o governo, na posição de controlador, estaria impondo o nome do candidato apesar da insatisfação dos minoritários. Um investidor denunciou "Há uma ingerência muito grande" no processo.

Investigação e requisitos para a indicação

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades na nomeação dos ministros Carlos Lupi (Trabalho), Anielle Franco (Igualdade Racial) e Vinícius Carvalho (CGU) para o conselho da Tupy, indicados pelo governo, o que gerou tensão entre o presidente Lula e o mercado.

Lucchesi ainda não teve sua nomeação oficializada, o que deve ocorrer na reunião do conselho antes da divulgação dos resultados da empresa, prevista para o dia 27. Uma fonte afirmou que o executivo não atende plenamente aos requisitos do estatuto do BNDES para ocupar o cargo no conselho da Tupy. O estatuto exige que o indicado possua curso superior completo e experiência mínima de três anos em cargos de gestão em empresas privadas, estatais ou cargos em comissão na administração pública.

Lucchesi é diretor da Confederação Nacional da Indústria (CNI), além de superintendente do Sesi e diretor-geral do Senai, instituições do Sistema S, que é reconhecido como terceiro setor.

Posicionamentos oficiais

Vinícius Marques de Carvalho, ministro da CGU, afirmou que a Comissão de Ética Pública da Presidência concluiu em 27 de janeiro que não há conflito de interesses na sua indicação para o conselho da Tupy. A CVM apenas encaminhou ofício à empresa para verificar a consulta à Comissão de Ética Pública, responsável pela aplicação da Lei de Conflito de Interesses, e após a consulta, a possibilidade de conflito foi afastada.

Por meio da assessoria do Ministério da Igualdade Racial, Anielle Franco declarou que as diligências do BNDES e a consulta à Comissão de Ética não indicaram conflito de interesses em sua nomeação. A assessoria de Carlos Lupi não respondeu até a publicação.

Acusações e defesas entre minoritários

Fontes afirmam que o maior acionista minoritário da Tupy, a gestora Trígono Capital, estaria agindo em conluio com a Previ para benefício próprio, já que é parceira do BB Asset em outros negócios. Werner Roger, fundador da Trígono, rejeitou veementemente essas acusações e afirmou que investe na companhia há 18 anos, independentemente dos acionistas ou conselheiros.

Roger considerou as declarações contra a Trígono "maldosas" e "inverídicas" e defendeu o direito do BNDES, como acionista, de indicar nomes para a liderança da empresa.

Alguns acionistas minoritários criticam a indicação de Lucchesi sem um processo eleitoral aberto com múltiplos candidatos, classificando a escolha como "quebra de dever fiduciário" dos conselheiros.

O BTG Pactual, por meio de comunicado, chamou a troca de CEO de "decisão um tanto inesperada" e destacou que isso pode levantar questionamentos. Recomenda que investidores aguardem maior clareza sobre a estratégia da nova liderança e planos de longo prazo antes de aumentar posições na empresa.

Nota do BNDES

Após a publicação, o BNDES enviou nota afirmando que a indicação de Rafael Lucchesi segue as regras de governança da Tupy e ocorre em função do fim do mandato da atual gestão, conforme previsto no estatuto da empresa. O banco destacou seu papel fundamental na reestruturação e crescimento da Tupy, ressaltando que a permanência média de CEOs no Ibovespa é de 3,4 anos, inferior à média global de 5,3 anos, e que a troca é um movimento natural no mundo corporativo.

O BNDES ressaltou que Lucchesi é um executivo com ampla experiência em gestão, tendo sido por 14 anos gestor máximo do SESI e SENAI, com responsabilidade por um orçamento anual de R$ 26 bilhões e cerca de 86 mil empregados, além de ter atuado como secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado da Bahia.

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