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Tarifa dos EUA pode reduzir em até R$ 175 bilhões o PIB brasileiro, aponta Fiemg
Estudo da Federação das Indústrias de Minas Gerais projeta queda de 1,49% no PIB e mais de 1,3 milhão de empregos perdidos com tarifa prevista para agosto
A tarifa anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros pode causar uma perda de até R$ 175 bilhões ao Brasil, conforme estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A projeção indica uma retração de 1,49% no produto interno bruto (PIB) e o fechamento de mais de 1,3 milhão de empregos, caso a medida, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, seja implementada.
Impacto econômico e cenário de retaliação
Em um cenário hipotético de retaliação, no qual o Brasil imponha uma tarifa equivalente de 50% sobre as importações dos Estados Unidos, o impacto na economia brasileira seria ainda maior. A estimativa aponta para uma queda de R$ 259 bilhões no PIB (2,21%), a eliminação de cerca de 1,9 milhão de empregos, uma redução de R$ 36,18 bilhões na massa salarial e perda de R$ 7,21 bilhões em arrecadação tributária.
Relação comercial entre Brasil e EUA
Atualmente, os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações brasileiras, ficando atrás apenas da China. Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 40,4 bilhões para o mercado norte-americano, o que corresponde a cerca de 1,8% do PIB nacional. Os principais produtos exportados incluem combustíveis minerais, ferro e aço, máquinas e equipamentos mecânicos, aeronaves e café.
Posição da Fiemg e recomendações
O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, destacou: "Os Estados Unidos são um parceiro tradicional do Brasil. Do ponto de vista geográfico, faz todo sentido que nossas economias mantenham um fluxo de comércio ativo e complementar e, no nosso entendimento, ambos os países perdem muito com a medida".
A Federação defende que o governo brasileiro atue com firmeza, mas priorizando o diálogo diplomático para evitar a aplicação das tarifas, proteger os empregos e preservar a competitividade da indústria nacional. Roscoe alertou que "Responder com a mesma moeda pode gerar efeitos inflacionários no Brasil, por isso, o caminho mais inteligente é a diplomacia".