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Monitoramento por satélite orienta manejo de pastagens e pecuária sustentável
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Monitoramento por satélite orienta manejo de pastagens e pecuária sustentável

Estudo da Embrapa utiliza imagens de satélite e dados climáticos para otimizar a produção de carne e leite no Brasil

Por Admin

14/07/2025 17:31 · Publicado há 5 horas
Categoria: Outros

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) desenvolveu uma metodologia inovadora para monitorar pastagens no Brasil, permitindo estimativas precisas da massa de forragem disponível para o gado. Essa técnica combina modelagem agrometeorológica com sensoriamento remoto, utilizando dados climáticos e imagens de satélite, com o objetivo de orientar práticas de manejo e promover a intensificação sustentável da produção de carne e leite no país.

Aplicação da metodologia

A técnica foi testada na Fazenda Canchim da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP), abrangendo três sistemas produtivos distintos: extensivo, intensivo rotacionado e integração lavoura-pecuária (ILP). O modelo utilizado foi capaz de explicar mais de 67% da variação observada na massa de forragem disponível, alcançando uma precisão de até 86% no sistema extensivo.

Detalhes do modelo e dados utilizados

O analista da Embrapa Meio Ambiente (SP), Gustavo Bayma, explica que o modelo SAFER (Simple Algorithm for Evapotranspiration Retrieving) integra dados do produto HLS (Harmonized Landsat Sentinel-2), da NASA e da Agência Espacial Europeia (ESA), que reúne informações de refletância de superfície da Terra dos satélites Landsat-8 e Sentinel-2. Além disso, o modelo utiliza variáveis climáticas como radiação solar, temperatura, umidade e velocidade do vento para simular o crescimento da forragem. "O modelo SAFER tem pouca aplicação na área de pastagens. É mais utilizado em estudos sobre demanda hídrica. Nosso grupo é um dos pioneiros em aplicar o modelo no contexto das pastagens", destaca Bayma.

Pesquisa de dois anos e desafios

A pesquisa contou com medições de campo ao longo de dois anos, realizadas em áreas que correspondem espacialmente aos pixels das imagens dos satélites (30 x 30 metros), o que possibilitou validar o modelo com dados reais. A metodologia apresentou maior eficácia em ambientes com menor intervenção humana, como no sistema extensivo, onde a estabilidade das pastagens favoreceu a precisão. No sistema ILP, a alternância entre cultivo de milho e pastejo, junto com adubação e decomposição de resíduos, adicionou complexidade, porém o desempenho permaneceu satisfatório. Já no sistema intensivo rotacionado, a dinâmica acelerada do manejo resultou em uma precisão ligeiramente menor.

Perspectivas e impactos

Marcos Adami, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), destaca que o uso de satélites e tecnologias associadas está em rápida evolução, ampliando as possibilidades de monitoramento forrageiro com sensores hiperespectrais, drones e inteligência artificial, possibilitando previsões mais antecipadas e precisas das variações nas pastagens.

A pesquisadora Sandra Nogueira, coautora do estudo, ressalta que os dados obtidos podem auxiliar na formulação de políticas públicas e iniciativas privadas para recuperação de áreas produtivas, contribuindo para os objetivos da Política Nacional de Recuperação de Pastagens Degradadas (PNCPD). "Essas tecnologias tornam possível identificar variações na quantidade de forragem ao longo do tempo, favorecendo decisões mais assertivas no planejamento forrageiro e no manejo sustentável", afirma a cientista.

O estudo completo está disponível no site Science Direct.

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