O rapper carioca Delacruz retorna hoje a Belo Horizonte para apresentar o show da sua primeira turnê, intitulada “Vinho”. O artista, nascido em Vigário Geral, Zona Norte do Rio de Janeiro, vem consolidando sua carreira com uma trajetória marcada por um estilo musical que foge da lógica dos hits instantâneos, buscando uma produção com mais durabilidade.

Trajetória e estilo musical

Daniel Azevedo da Cruz, nome de batismo do rapper, escreveu seus primeiros versos aos 11 anos, mas alcançou fama nacional somente depois de participar do projeto Poesia Acústica. Ele destaca que não produz música pensando em números de plataformas de streaming, mas sim em construir um trabalho sólido e que gere receita constante. "A música com o assunto e os artistas do momento te dá muito dinheiro, mas por pouco tempo. E, no meu caso, eu penso em fazer músicas que me deem um pouco de dinheiro para todo o sempre", explicou Delacruz.

Turnê e shows em Belo Horizonte

Depois de realizar show na casa n’A Autêntica, em março, Delacruz se apresenta neste sábado (12/7) no Terrazzo, espaço localizado no bairro Olhos d’Água, com capacidade para até 3 mil pessoas. O show promete uma apresentação energética com blocos de músicas românticas que tocam o público. "Quem terminou um relacionamento recentemente tem que vir preparado", avisou o artista em conversa por vídeo com a reportagem da TV Sim Brasil.

O álbum 'Vinho' e sua estética

Lançado em outubro do ano passado, o disco “Vinho” simboliza o amadurecimento musical de Delacruz, combinando a simplicidade do início de sua carreira com uma sonoridade mais elaborada desenvolvida posteriormente. O cenário do show conta com elementos como plantas, tapetes e luminárias, criando um ambiente que remete a um bom lugar para apreciar vinho, com iluminação e cores que refletem a temática do álbum.

Contexto do rap e desafios atuais

Delacruz também comentou sobre o panorama atual do rap, destacando o aumento da presença feminina no gênero e o crescimento da musicalidade nas produções, com mais artistas utilizando banda ao vivo em seus shows. Por outro lado, lamenta o que considera um ciclo de retrocesso, com tentativas de silenciar o rap e perseguição a artistas, citando casos recentes de repressão e prisão de nomes do gênero.