A diretoria do Flamengo anunciou mudanças na liderança das categorias de base do clube. Alfredo Almeida, português que chegou ao clube em janeiro deste ano como assistente do diretor executivo de futebol, José Boto, passou a ocupar o cargo de diretor da base após a saída de Carlos Noval, que estava no clube desde 2010.

Contexto da mudança

José Boto, homem forte do futebol do Flamengo durante a presidência de Luiz Eduardo Baptista, destacou a experiência de Almeida em metodologia de treino e seu papel de apoio técnico para a base. "Ele é uma pessoa com experiência muito grande principalmente em metodologia de treino, vai ser um apoio muito grande para a base também. E tal como o nome diz é meu assistente. Eu estou acompanhando a equipe em algum lugar qualquer, preciso de alguém que tome conta da parte mais técnica. Não é da parte de contratações. É um olhar mais técnico do que se está fazendo aqui", disse Boto em janeiro.

Posicionamento oficial do Flamengo

Em comunicado oficial, o clube informou que Carlos Noval não exerce mais a função de diretor das categorias de base, agradecendo pelo profissionalismo, dedicação e identificação demonstrados ao longo de mais de 15 anos de serviços prestados. Alfredo Almeida assume integralmente a função, com ampla experiência na formação e desenvolvimento de atletas, além de atuar na estruturação de um projeto de integração entre o futebol profissional e as categorias de base desde sua chegada.

Repercussões recentes e trajetória

A mudança ocorre logo após uma turbulência envolvendo o futebol do Flamengo, com negociações envolvendo jogadores como Pedro e a desistência da contratação do atacante irlandês Mikey Johnston. Alfredo Almeida passou a contar com o respaldo da presidência após reunião entre José Boto e Luiz Eduardo Baptista.

Carlos Noval teve papel importante na reestruturação das divisões de base do Flamengo, especialmente entre 2010 e 2018, período no qual o clube revelou talentos como Lucas Paquetá e Vinícius Júnior. Em 2018, assumiu o cargo de diretor-executivo do futebol brasileiro na gestão de Eduardo Bandeira de Mello e retornou ao comando da base na presidência de Rodolfo Landim, mantendo-se até o primeiro semestre de 2025.