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Dólar recua para R$ 5,40 e analistas avaliam oportunidades de investimento
Especialistas analisam o cenário econômico e indicam que o dólar pode permanecer pressionado nos próximos meses.
O dólar fechou esta quinta-feira (3) em R$ 5,40, registrando o menor valor desde 24 de junho e acumulando queda ao longo da semana. Analistas destacam que o cenário internacional e doméstico contribuem para a valorização do real e abrem uma ‘janela’ para investimentos em moeda estrangeira.
Contexto Econômico Internacional
Segundo especialistas, os últimos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, especialmente o relatório payroll, mostraram criação de vagas acima do esperado, o que reforça a resiliência da economia americana e reduz os temores de recessão. O economista e consultor financeiro Maykon Douglas aponta que esse contexto enfraquece o dólar globalmente, favorecendo moedas de países emergentes como o real.
Fatores Domésticos
Maykon Douglas destaca que o Brasil se sobressai devido ao diferencial elevado de juros, à atratividade dos ativos brasileiros e à relativa proteção frente a tensões no comércio internacional. "A maior parte dos ganhos do real neste ciclo já passou, mas ainda existe espaço para o investidor apostar em uma queda adicional do dólar", avalia o economista, que projeta a moeda americana em R$ 5,60 no fim do ano, abaixo de estimativas anteriores.
Cautela no Mercado
A estrategista-chefe da Nomad, Paula Zogbi, observa que o fortalecimento do mercado de trabalho nos Estados Unidos também impulsionou recordes nas bolsas americanas. Para ela, o bom desempenho reduz as chances de cortes de juros pelo Federal Reserve em julho, tornando a renda fixa americana mais atrativa e podendo atrair dólares para os EUA. No entanto, Zogbi ressalta que o real ainda se beneficia da procura por ativos de maior risco e da atuação do Banco Central brasileiro, que mantém a taxa básica de juros em patamar elevado.
Perspectivas para o Investidor
Maykon Douglas alerta que, no curto prazo, o comportamento do dólar dependerá do cenário externo, especialmente da ausência de novas tensões comerciais. Já no médio prazo, a manutenção da incerteza fiscal nos EUA e a possibilidade de mudanças no governo americano em 2026 podem beneficiar ainda mais países emergentes, ampliando o fluxo de capitais para mercados como o Brasil. Paula Zogbi recomenda que o investimento dolarizado seja feito de forma gradual e recorrente, para aproveitar variadas oportunidades ao longo do tempo. "O dólar está em uma janela favorável e o investimento dolarizado deve ser feito de forma gradual e recorrente, para construir um bom preço médio ao longo do tempo e aproveitar oportunidades nos ativos globais", afirma.