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Exposição 'Paisagens Mineradas' chega a BH com reflexão sobre mineração
Mostra reúne obras de 12 artistas mulheres e destaca consequências do rompimento da barragem em Brumadinho
A partir do dia 5 de julho, a Fundação Nacional de Artes (Funarte) de Minas Gerais, em Belo Horizonte, receberá a exposição 'Paisagens Mineradas: marcas no corpo-território'. Após exibições em São Paulo, Belém e Ouro Preto, a mostra chega à capital mineira promovendo o debate sobre os impactos da mineração.
Contexto
A exposição é realizada pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti, criado para ampliar o diálogo sobre as consequências sociais e ambientais da atividade mineradora. Helena Taliberti, presidente do instituto e mãe de vítimas do desastre de Brumadinho, enfatiza: “Não foi um acidente. O processo ainda está em curso e ninguém até o momento foi responsabilizado. Perdemos nossos sonhos e a segurança que sentíamos. Perdi meus filhos, Camila e Luiz Taliberti, minha nora, Fernanda Damian de Almeida, grávida de cinco meses do meu primeiro neto, Lorenzo. Perdemos tudo naquele dia 25: sonhos, planos, perspectivas”.
Artistas e Obras
A exposição reúne 12 artistas mulheres, incluindo Beá Meira, integrantes do Coletivo ASA - Associação de Senhoras Artesãs de Ouro Preto, Isis Medeiros, Julia Pontés, Murapyjawa Assurini (Coletivo Kujÿ Ete Marytykwa’awa), Keyla Sobral, Lis Haddad, Luana Vitra, Mari de Sá, Shirley Krenak, Silvia Noronha e a curadora Isadora Canela. Elas apresentam gravuras, pinturas, vídeos, instalações e fotografias que retratam o impacto humano e ambiental do rompimento da barragem.
Reflexão e Significado
A coordenadora da exposição, Marina Kilikian, destaca que a escolha de Belo Horizonte tem valor simbólico, ao conectar a antiga capital Ouro Preto, símbolo da mineração, à moderna capital mineira, que ainda enfrenta desafios relacionados ao setor: “Passamos da antiga capital de Minas, formada pela mineração, para a nova capital, que tem um ideal moderno, de ‘progresso’, mas ainda sofre com a mineração em seu molde mais arcaico, que vem tentando destruir a Serra do Curral. A mostra convida os moradores de BH a repensarem o futuro da cidade e do estado”, conclui.
Serviço
A exposição estará em cartaz de 5 de julho a 9 de agosto, de quarta a domingo, das 15h às 20h, na Funarte de Belo Horizonte – Galpão 5, Rua Januária, 68, Centro. A entrada é gratuita.