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Cid revela que general Mario Fernandes era o mais 'radical' em plano de golpe
General está preso preventivamente desde 2024 após ser implicado em plano que visava a morte de líderes políticos.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, testemunhou nesta segunda-feira (9/6) no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o general Mario Fernandes, que ele descreveu como o mais 'radical' no que diz respeito a ações para impedir a mudança no Executivo após a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022.
Depoimento e Condução do Interrogatório
Durante seu depoimento, Cid afirmou que Fernandes era bastante ativo na promoção de ideias que visavam a manutenção do poder, utilizando principalmente grupos de WhatsApp entre os militares. "Ele estava muito ostensivo no meio dos militares, principalmente por meio de WhatsApp no grupo dos militares. Ele estava muito radical nas ações que deveriam ser tomadas", comentou Cid, acrescentando que a pressão para que o presidente e os altos oficiais aceitassem determinados decretos era constante.
Prisão e Acusações
O general Mario Fernandes encontra-se preso preventivamente desde novembro de 2024, após a Polícia Federal ter descoberto um documento intitulado 'Plano Punhal Verde e Amarelo', que incluía planos de prisão ou assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Pressões e Táticas
Cid afirmou que, embora Fernandes não sugerisse ações específicas, ele exercia pressão sobre Bolsonaro e os generais de alta patente para que apoiassem sua visão. "A grande pressão sempre foi para o presidente assinar um decreto e para os generais aceitarem esse decreto", explicou o tenente-coronel.
Atividades Anteriores de Mario Fernandes
Antes de sua prisão, o general Mario Fernandes ocupou cargos importantes, incluindo o de secretário-executivo do ministro Luiz Eduardo Ramos na Secretaria-Geral da Presidência e assessor do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele também foi comandante do Comando de Operações Especiais, conhecido como 'Kids Pretos', que é frequentemente associado a ações de força em momentos críticos.
Mensagens Reveladoras
Em mensagens enviadas a outros militares, Fernandes chegou a afirmar que "quatro linhas da Constituição é o caceta" e que "nós estamos em guerra, eles estão vencendo", evidenciando seu posicionamento radical e a atmosfera de tensão militar em relação ao governo eleito.