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Ranking revela as piores cidades para ser mulher em Minas Gerais
Estudo aponta que das 34 cidades mineiras avaliadas, 30 estão muito abaixo do ideal em igualdade de gênero.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto socioambiental Tewá 225, dez cidades mineiras figuram entre as piores do Brasil para ser mulher. A pesquisa avaliou 319 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, classificando-os em relação ao cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 5, que aborda a igualdade de gênero e é uma das metas da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas.
Contexto
Conforme declaração da CEO do Tewá, Luciana Sonck, "a análise visa gerar dados substanciais para incentivar as cidades a investirem em políticas públicas voltadas para as mulheres". O estudo usa o Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR) como ferramenta de monitoramento, levando em consideração variáveis como taxa de feminicídio, desigualdade salarial, e a presença feminina nas câmaras de vereadores.
Resultados do Estudo
No cenário nacional, nenhuma cidade alcançou uma pontuação considerada "alta" em igualdade de gênero. Mais de 84% dos municípios foram classificados como tendo desempenho "muito baixo", com uma média geral de apenas 34,5 pontos em uma escala de 0 a 100. Em Minas Gerais, das 34 cidades analisadas, 30 tiveram desempenho insatisfatório. As 10 piores cidades incluem:
- Araxá - 24 pontos
- Ituiutaba - 28,6 pontos
- Sabará - 29,3 pontos
- Poços de Caldas - 29,7 pontos
- Varginha - 30,2 pontos
- Sete Lagoas - 30,4 pontos
- Ipatinga - 31,1 pontos
- Betim - 31,5 pontos
- Vespasiano - 31,7 pontos
- Patos de Minas - 31,8 pontos
Embora haja cidades como Belo Horizonte e Juiz de Fora com pontuações ligeiramente melhores, a realidade ainda é insatisfatória, com 88% dos municípios mineiros em alerta.
Araxá: O Caso Mais Crítico
Araxá, cidade natal do governador Romeu Zema, foi classificada como a pior em Minas e a 16ª no Brasil. A desigualdade salarial entre homens e mulheres foi um fator significativo para essa avaliação, com mulheres recebendo 52% a menos que os homens em 2022. A ativista Marisa Aparecida Rufino, líder da Marcha Mundial das Mulheres, expressou que viver em Araxá é um “desafio do ponto de vista da igualdade de gênero”.
Desafios em Outras Cidades
Em Poços de Caldas, a conselheira tutelar Édna Leite Ramon destacou que as mulheres enfrentam um “cansaço e medo” constantes devido à sobrecarga de funções e à insegurança à noite. Já em Sete Lagoas, a falta de uma Delegacia da Mulher em funcionamento 24 horas é uma preocupação, segundo Maria Paula Monteiro, ativista local.
Medidas de Apoio
A Prefeitura de Araxá respondeu destacando a existência do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), que visa atender vítimas de violência. Outras prefeituras, como a de Betim, também relataram iniciativas como a Patrulha de Proteção à Mulher e o aplicativo Botão do Pânico para auxiliar na segurança feminina.