{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://www.otempo.com.br/content/dam/otempo/editorias/economia/2024/4/economia-inflacao-de-marco-ipca-ibge-grupo-de-alimentacao-1714190358.jpeg
Inflação avança a 0,43% em abril, impulsionada por alimentos e saúde
O custo de alimentos e serviços de saúde contribuiu significativamente para o aumento da inflação em abril.
A inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou para 0,43% em abril, após ter registrado 0,56% em março, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (9/5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Impactos dos Preços
O grupo Alimentação e bebidas apresentou o maior impacto no índice, com uma alta de 0,82%, contribuindo com 0,18 ponto percentual (p.p.). Além disso, Saúde e cuidados pessoais também se destacaram, com uma elevação de 1,18% e um impacto de 0,16 p.p.
Projeções do Mercado
O resultado de abril esteve praticamente alinhado à mediana das expectativas do mercado financeiro, que era de 0,42%, conforme a agência Bloomberg. As previsões variaram de 0,38% a 0,6%.
Acúmulo da Inflação
Com o resultado de abril, o IPCA acumula uma alta de 5,53% nos últimos 12 meses, superando a taxa de 5,48% registrada até março. Este valor ainda está distante do teto de 4,5% da meta de inflação do Banco Central (BC).
Taxa de Juros e Expectativas Futuras
Visando controlar a inflação, o Banco Central iniciou um ciclo de aumento na taxa básica de juros, a Selic, que alcançou 14,75% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. Essa medida busca esfriar a demanda por bens e serviços e, consequentemente, reduzir a pressão inflacionária. Contudo, uma possível consequência disso é a desaceleração da atividade econômica, uma vez que o crédito se torna mais caro para consumo e investimentos produtivos.
A Meta de Inflação em 2025
O BC passou a seguir uma nova abordagem para a meta de inflação em 2025, deixando para trás o modelo de ano-calendário (janeiro a dezembro). A meta será considerada descumprida caso o IPCA permaneça fora do intervalo de tolerância por seis meses seguidos, sendo este intervalo de 1,5% (piso) a 4,5% (teto), com um centro estabelecido em 3%.
Expectativas do Mercado Financeiro
O mercado financeiro projeta um IPCA de 5,53% para o fechamento deste ano, conforme a mais recente edição do boletim Focus, divulgado na segunda-feira (5) pelo BC. Apesar de uma queda nas previsões nas últimas semanas, a expectativa ainda está acima do teto da meta.
Considerações Finais
O governo Lula tem comemorado resultados positivos na economia, incluindo crescimento do PIB, aumento da renda e redução do desemprego a níveis mínimos históricos. No entanto, a inflação dos alimentos se tornou uma preocupação, especialmente para as famílias de baixa renda, e está sendo vista como uma das principais razões para a queda na aprovação do governo no início de 2024. A elevação dos preços dos alimentos é resultado de problemas climáticos e da desvalorização do real.