O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou contra um pedido feito por Domingos Inácio Brazão, um dos acusados de ser mandante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O pedido visava o acesso a todas as entrevistas da delação premiada de Ronie Lessa, que confessou ser o assassino da ex-vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista.

Justificativa do Pedido

Além dos documentos da delação, Brazão solicitou acesso a outros materiais da investigação, alegando que “de tais dados se poderá extrair informações sobre quais os elementos podem ter sido utilizados pelo assassino para tramar a versão apresentada em troca de benesses”.

Decisão de Moraes

No entanto, Moraes negou o pedido, considerando que não foram apresentados argumentos suficientes para desconstituir o entendimento da decisão anterior. O ministro destacou que a solicitação era um “mero inconformismo com o desfecho do julgamento”.

Contexto da Investigação

Domingos Brazão, que está preso desde março de 2024, é irmão do deputado federal Chiquinho Brazão, também acusado de ser um dos mandantes do crime. Chiquinho está atualmente em prisão domiciliar por questões de saúde, medida concedida por Moraes em 11 de abril.

Acusações e Motivações

Ambos os irmãos foram denunciados pelo assassino confesso Ronie Lessa, que os apontou como os mandantes do crime, alegando que a motivação estaria ligada a disputas por terrenos no Rio de Janeiro.