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Cão agredido em Sarzedo após tentar pegar biscoito de bebê morre
Caso de maus-tratos gerou comoção e mobilização pela justiça.
Uma jovem de 20 anos denunciou que seu cachorro, Bidu, faleceu na última quinta-feira (13 de março) após ser brutalmente agredido com pauladas em Sarzedo, situado na região metropolitana de Belo Horizonte. O triste incidente ocorreu quando o cão tentou pegar um biscoito que estava na mão de uma bebê de 1 ano e 7 meses.
Denúncia e Confissão
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar (PM), a suspeita confessou ter agredido o animal. Ela alegou que sua filha ficou com a mão machucada devido à ação do cão, e que as pauladas foram desferidas com o intuito de afastar Bidu da criança.
Assistência Veterinária e Lamentações
A tutora do cachorro, que não tinha condições financeiras para levar o animal ao veterinário, optou por ministrar dipirona ao cão. Após a mobilização de amigos que organizaram uma vaquinha, Bidu foi levado a um especialista, mas, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e faleceu. "Infelizmente, ele acabou não resistindo. Está sendo muito triste, pois foram 10 anos vivendo com ele. Já está fazendo muita falta e não só para mim, mas também para os meus outros dois cachorros", lamentou a tutora, que pediu para permanecer anônima.
Medidas Legais e Punições
O deputado federal Fred Costa (PRD-MG) enviou um ofício à delegacia da Polícia Civil de Sarzedo, solicitando que sejam tomadas todas as medidas legais pertinentes. O parlamentar enfatizou que a denúncia de maus-tratos é respaldada pelo Art. 32 da Lei de Crimes Ambientais, modificado pela Lei Sansão, que prevê pena de reclusão de 2 a 5 anos, além de multa e proibição de guarda do animal.
Legislação e Maus-tratos
No Brasil, maltratar animais é considerado crime. Desde setembro de 2020, a Lei 14.064, também conhecida como Lei Sansão, endureceu as punições para maus-tratos contra cães e gatos. A legislação, que leva o nome de um pitbull que sofreu severas agressões, estabelece penas que variam de 2 a 5 anos de reclusão em regime fechado, além de multas e a perda da guarda do animal, com possibilidade de aumento da pena em casos de morte do animal.