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Folia da reforma: os ensaios de Lula e a dança dos aliados
O presidente deu os primeiros passos para as mudanças na equipe, mas ainda precisa firmar acordos para consolidar o governo
Na véspera do Carnaval, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu definir a função da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), colocando-a na Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e alterando o controle do Centrão, que buscava continuar influenciando a execução orçamentária do país. Inicialmente, Gleisi seria nomeada para a Secretaria-Geral, mas Lula apressou o anúncio para evitar prolongar a articulação do Planalto sem liderança.
Trocas na equipe
O período pré-Carnaval foi agitado e cheio de tensões, culminando na demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade, justamente no dia em que ela realizava uma importante entrega da pasta. Nísia foi substituída por Alexandre Padilha, garantindo ao PT a pasta com o maior orçamento da Esplanada, que exige mais destaque, afastando-se da discrição de Nísia, que o Centrão almejava.
Expectativas e retaliações
O bloco de mudanças ainda está em marcha, e Lula precisará navegar por um mar de trocas antes que a reforma se complete. Gleisi deveria assumir a posição de Márcio Macêdo no Planalto, mas ainda existe a expectativa de que Macêdo seja indicado para o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis), retaliação ao trabalho do presidente do órgão, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), que está em desacordo com a intenção da Petrobras de explorar petróleo na Bacia da Foz do Rio Amazonas.
O papel de Rodrigo Pacheco
Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está na expectativa de definir sua posição no governo após o Carnaval e as férias que decidiu tirar após deixar a presidência do Senado. Lula espera que Pacheco se comprometa a se candidatar e montar um palanque forte para a chapa presidencial em Minas Gerais em 2026.
Desafios com o PSD
O presidente Lula também demonstra preocupação em relação ao PSD, partido de Pacheco, que criticou o governo e se queixa de não ter sido convocado para negociações, o que pode atrapalhar a governabilidade. O PSD possui três ministros, mas sua bancada na Câmara expressa descontentamento com a função do Ministério da Pesca.
Incertezas no PT
Ainda existem ministros do PT que não têm certeza sobre sua permanência após a reforma, como Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, que tem enfrentado dificuldades com movimentos sociais. Gleisi Hoffmann tinha interesse no Ministério do Desenvolvimento Social, mas Lula não aceitou a proposta, considerando o cargo de Wellington Dias muito importante para o partido.
A folia da reforma parece não ter uma data definida para seu encerramento.