Em uma clara crítica à situação da violência contra as mulheres no Brasil, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, expressou sua indignação nesta quarta-feira (25) durante uma solenidade em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Banalização da Violência

Cármen Lúcia denunciou a banalização da violência contra mulheres e a normalização de feminicídios em nosso país, onde as estatísticas de mortes diárias são alarmantes. "Essa sociedade mata, assassina mulheres como se fossem bichos o tempo todo. E todo mundo dá notícias... tragicamente tocados pelo assassinato de uma mulher que é morta porque decidiu ter uma vida sem aquele companheiro", afirmou.

Desigualdade de Gênero

A ministra, única mulher na composição do STF, lamentou que a igualdade de gênero ainda não se concretizou, apesar do que é preconizado na Constituição. "Nós não estamos pedindo mais direitos. Nós queremos a efetividade jurídica e social dos direitos", ressaltou Cármen Lúcia, enfatizando a necessidade de cumprir os direitos previstos em lei.

Um Futuro Iguais

Questionada sobre quando haverá igualdade para as mulheres no Supremo, respondeu categoricamente: "Quando tiverem as onze". A resposta gerou reflexões sobre a verdadeira natureza da igualdade de gênero nas instituições.