{{noticiaAtual.titulo}}

Fonte da imagem: https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2025/02/12/520x405/1_1_2_990x557-46316662.jpg?20250212002934?20250212002934
Desafios de Lula em meio à inflação e popularidade
Apesar da desaceleração da inflação oficial, a percepção do aumento dos preços impacta a popularidade do presidente.
A inflação oficial em janeiro, que registrou 0,16%, representa a menor taxa para o mês nos últimos 30 anos. No entanto, essa redução não traz alívio ao Palácio do Planalto e ao presidente Lula, cuja popularidade tem caído nas pesquisas de opinião pública. Mesmo que o índice do IBGE mostre uma diminuição em relação aos 0,52% de dezembro, a realidade vivida pelas famílias é bem diferente.
Preços sob pressão
Os preços de itens essenciais para o orçamento das famílias brasileiras aumentaram significativamente. Por exemplo, os alimentos em casa subiram 1,07% no último mês, com a carne e vegetais como a cenoura (alta de 36,14%) e tomate (20,27%) impactando o custo. Além disso, o preço do café também teve um aumento superior a 8%. Com isso, o grupo de alimentos e bebidas teve um crescimento total de 0,96% em janeiro.
Transporte e tarifas
Quem come fora também percebeu o aumento nos preços, com um encarecimento de 0,67% nas refeições. As passagens de ônibus subiram 3,84%, enquanto as tarifas aéreas aumentaram 10,42%, o que elevou a inflação do grupo de transportes para 1,30% no mês, tornando-se o maior impacto entre as categorias analisadas pelo IBGE.
Impacto da energia elétrica e outros serviços
Embora a energia elétrica residencial tenha visto uma queda significativa de 14,21%, graças a um bônus gerado por energia excedente da usina de Itaipu, outras tarifas como água e esgoto aumentaram 0,97% e gás encanado 0,46%. Isso demonstra que, apesar de algumas quedas pontuais, o custo de vida permanece elevado.
Expectativas futuras
Com o resultado de janeiro, a inflação acumulada em 12 meses caiu de 4,83% para 4,56%, ainda acima do teto da meta de 4,5%. A última reunião do Copom deixou claro que o Banco Central está atento não só a inflação atual, mas também às expectativas futuras, que já estão em ascensão. O boletim Focus indicou um aumento na estimativa do IPCA para 2025, subindo de 5,51% para 5,58% pela 17ª semana consecutiva.
Desafios do governo
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se empenha em garantir a estabilidade fiscal e a aprovação de reformas no Congresso, como a revisão do Imposto de Renda, que propõe isenção para rendimentos de até R$ 5 mil mensais, vinculada ao aumento da tributação de altas rendas. Além disso, fatores externos, como novas tarifas impostas pelos Estados Unidos, também podem afetar a inflação brasileira, criando um cenário desafiador para o governo.